Eu queria aprender a arte dos gatos… aquela de simplesmente puxar uma areia pra cá, mais um pouco pra lá e pronto!!! Tudo escondido. E vamos confraternizar como se nada tivesse acontecido. Como se a mágoa e o desprezo sofridos fossem nada a ponto de não merecer nem um simples e discreto pedidos desculpas ou algo que o valha para que pelos menos saibamos que as dores sentidas não vão se repetir daqui a algum tempo. É um “ritual de passagem” mais do que a necessidade de ouvir do outro que ele errou. É zerar tudo, mas de forma limpa, sem pendências que aguardam para surgir assim que se fizer cinzento o céu.
Por Gilda Satte Alam
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.