Acostumado a reger o coro e orquestra filarmônica da Sociedade Pelotense Música pela Música, o maestro sérgio Sisto dedica-se durante esta semana a um desafio diferente. Todas as tarde ministra oficinas de musicalização para os artesãos que integram o projeto Bichos do Mar de Dentro, que se estende até sábado(20), no Cenáculo, em Pelotas. Em meio a retalhos, tintas, biscuits, linhas e agulhas a rotina dos artesãos é quebrada por exercícios de voz, teatro e expressão corporal. As aulas integram o projeto que prevê além da qualificação do grupo para criação de novas peças da coleção Bichos do Mar de Dentro, renderá um CD e um livro, com uma estória focada na preservação ambiental. O roteiro, escrito pela jornalista Maria Emília Kubrusly, conta a aventura de Irene, que após descobrir a ação de caçadores de ratão do banhado, lidera uma emocionante aventura que tem como tema a preservação ambiental. Na estória do CD, serão 14 personagens, divididos em 12 cenas. Já o livro terá cinco capítulos, com cerca de 30 páginas e ilustrações produzidas por Lui Lo Pumo.
Confinados desde segunda-feira(15) nesta imersão criativa, o grupo faz diariamente exercícios vocais e ensaiam técnicas teatrais para preparar a atuação nas gravações em estúdios, que acontecem sábado(20). Na avaliação do maestro o grupo é afinado. “São pessoas que trabalham com criatividade, e o que se propõe para eles, teatralmente ou musicalmente eles rapidamente absorvem”, salienta. Ele lembra que o importante é trazer para as oficinas o espírito criador de cada um, e a sua característica dentro desse universo”, complementa. As aulas de expressão corporal são coordenadas pelo ator Igor Simões. Sua missão é descontrair os artesãos e fazê-los despertar o ato criativo de cada um, sempre através de técnicas teatrais. “Tem sido ótimo e por já trabalharem com arte, eles tem se mostrado bastante disponíveis, estão no caminho certo”, reforça Igor. A trilha do CD foi criada pelo músico guilherme Tavares, que é professor de violão e harmonia no Conservatório de Música da Universidade federal de Pelotas (UFPel) e um dos percussionistas da orquestra da Sociedade Pelotense Música Pela Música.
Até sábado muitas horas de arte ainda farão parte da rotina dos artesãos. Enquanto isso a dedicação segue regendo o grupo. A artesã pelotense, Márcia Pereira entrou de corpo e alma no processo e aprovou de cara. “Essa é minha primeira experiência com teatro, estou adorando. Faz com que a gente trabalhe mais alegre, dá mais vontade de criar e também aproxima mais as pessoas que estão participando do grupo”, observa. As oficinas de musicalização são acompanahdas de perto pela produtora executiva da Fábrica Cultural Música pela Música.
Fotos: Vinícius Costa/satolep Press
Gabriela Mazza
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