“Juba é amigo de Lula e ama Zelda, Lula é amigo de Juba e ama Zelda, Zelda que ama Juba e Lula e não vê problema em manter um relacionamento a três.”
Armação Ilimitada foi um marco de criatividade e ousadia ao usar a linguagem acelerada dos videoclipes e múltiplas referências à cultura pop. Ainda no primeiro ano de exibição (1985), Armação Ilimitada ganhou o prêmio Ondas de melhor série para televisão, concedido pela Sociedade Espanhola de Rádio e Televisão, em Barcelona. O prêmio era considerado o “Oscar” europeu da televisão.
“nem tenta se decidir por Juba (Kadu Moliterno) ou Lula (André de Biasi), já que é igualmente apaixonada por ambos e não vê problema em manter um relacionamento a três.” Sobre a personagem Zelda (Andréa Beltrão), na descrição oficial da série.
A série além de protagonizar um relacionamento poliafetivo entre Juba, Lula e Zelda, que cuidavam de um menino órfão apelidado de Bacana, trazia também um personagem enigmatístico, a BLACK BOY (Nara Gil), narradora dos episódios, aparecendo fora da narrativa, apenas fechada num estúdio de rádio, com o rosto em contra-luz.
Confira aqui o trecho do programa ‘Os anos 80 estão de volta’ do canal VIVA contando a origem do programa ARMAÇÃO ILIMITADA com Kadu Moliterno e André De Biasi.
JUBA (Kadu Moliterno) – Melhor amigo de Lula (André de Biasi) e o mais prudente entre os dois. Ex-estudante de Direito, vive um conflito interno e com a família pelo fato de nunca ter se formado advogado, como queria seu pai. Assim como Lula, é apaixonado por Zelda e gosta de Bacana como se fosse um pai.
LULA (André de Biasi) – O mais aventureiro e inconsequente da dupla, Lula é quem geralmente cai em ciladas ou coloca o grupo em apuros. Assim como Juba, é apaixonado por Zelda e gosta de Bacana como se fosse um pai. Mora com eles num galpão adaptado como loft. É Lula quem dá o apelido a Bacana, logo no primeiro episódio.
ZELDA SCOTT (Andréa Beltrão) – Zelda – ou Zel, para os íntimos – é jornalista, feminista, idealista e intelectual, que já foi hippie, situacionista, punk, gótica e agora tenta ser uma mulher “moderna” dos anos 80, depois de voltar para o Brasil após uma temporada em Londres, onde acompanhou o exílio de seu Pai (Paulo José) de 1969 a 1983. Por isso mesmo, nem tenta se decidir por Juba (Kadu Moliterno) ou Lula (André de Biasi), já que é igualmente apaixonada por ambos e não vê problema em manter um relacionamento a três. Trabalha como repórter do jornal Correio do Crepúsculo, onde seu autoritário Chefe (Francisco Milani) a incumbe com pautas mirabolantes e quase sempre interesseiras. No início da série, mora sozinha, até que seu prédio desaba e ela vai viver com os heróis no mesmo galpão. Sua melhor amiga é Ronalda Cristina (Catarina Abdala) e, quando esta vira mãe, Zelda se torna madrinha – e inspiradora do nome – da pequena Zelda Cristina.
BACANA (Jonas Torres) – Menino órfão, foi criado no Circo Cristal, pertencente a seus pais (Cláudia Gimenez e Jorge Fernando), que morrem num dos primeiros episódios. Bacana é amante do surfe e do futebol, mas também do videogame e quadrinhos, que é adotado por Juba (Kadu Moliterno) e Lula (André de Biasi). Esperto, desconfiado e amante de histórias de fantasia e ficção científica, Bacana “alimenta” os episódios com os conhecimentos que tira dos livros e revistas. É autor de frases e pensamentos precoces para sua idade (entre 8 e 11 anos), como o bordão “Ai, meu saquinho!”.
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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