A partir do próximo sábado, 09 de junho, o Zero 4 Cineclube inaugura a mostra “Elas no Cinema Brasileiro”. O espectador será convidado a explorar as perspectivas de mulheres brasileiras que fizeram cinema nos anos 60, 70 e 80.
Através dessas mulheres o Zero 4 Cineclube busca resgatar a memória do Brasil nos anos citados, como ainda resgatar a memória de como essas mulheres viveram estes períodos, abordando também a importância dessas mulheres na cinematografia brasileira, assim como, as temáticas contempladas em suas produções.
As sessões da mostra contarão com filmes das diretoras Lúcia Murat, Helena Solberg, Olga Futemma, Adélia Sampaio e Norma Bengell.
09/06 – Que bom te ver viva (Lúcia Murat, documentário, 1989, 1h40min) Classificação Indicativa: 16 anos
16/06 – A Entrevista (Helena Solberg, documentário, 1966, 19min) Classificação Indicativa: 14 anos / Trabalhadoras Metalúrgicas (Olga Futemma e Renato Tapajós, documentário, 1978, 17min) Classificação Indicativa: 14 anos
23/06 – Amor Maldito (Adélia Sampaio, ficção, 1984, 1h15min) Classificação Indicativa: 16 anos
30/06 – Eternamente Pagu (Norma Bengell, ficção, 1987, 1h40min) Classificação Indicativa: 14 anos
!- As mostras deste semestre serão totalmente dedicadas a explorar e conhecer o cinema feito por mulheres.
Na sessão de estreia da mostra, o Zero 4 Cineclube exibe o documentário Que Bom Te Ver Viva, longa-metragem dirigido pela carioca Lúcia Murat. O filme aborda a tortura as mulheres, ex-presas políticas, durante o período da ditadura militar no Brasil, mostrando como estas mulheres puderam enfrentar as torturas e prisões, relatando as situações e como sobreviveram a esse período, onde delírios e fantasias são recorrentes. Um filme insólito e necessário para nossa memória em tempos sombrios, tais como este que vivemos agora. O filme foi vencedor nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Montagem no Festival Internacional de Brasília.
SINOPSE: Duas décadas depois, Que Bom Te Ver Viva, aborda a tortura a mulheres durante o período de ditadura no Brasil, mostrando como estas mulheres sobreviveram e como encaram aqueles anos de violência. Que Bom Te Ver Viva mistura os delírios e fantasias de uma personagem anônima, interpretada pela atriz Irene Ravache, alinhavado os depoimentos de oito ex-presas políticas brasileiras que viveram situações de tortura. Mais do que descrever e enumerar sevícias, o filme mostra o preço que essas mulheres pagaram, e ainda pagam, por terem sobrevivido lúcidas à experiência de tortura.
Que bom te ver viva (Lúcia Murat, documentário, 1989, 1h40min)
Classificação Indicativa: 16 anos
Endereço: Rua Álvaro Chaves, 447 – Cine UFPel
As sessões se darão sempre aos sábados, às 16:00h, gratuitas e abertas à comunidade geral, com abertura a meia hora do início da sessão.
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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