Contos gauchescos comemora 122 anos do Diário Popular


Equipe do Diário Popular integrante do projeto. Foto: Jô Folha
Foto: Jô Folha

Quando se pensa em relançar algo é necessário muito cuidado com todos os detalhes. Para que eles conversem, respeitem a ideia precursora e sejam harmônicos. Fruto de um trabalho de concepção e execução que durou mais de três meses, o Diário Popular presenteia o leitor no dia em que completa 122 anos, na segunda-feira (27), com um perfeito resgate à literatura regionalista. Os Contos gauchescos, de autoria do escritor pelotense João Simões Lopes Neto, serão republicados em um encarte especial em sua edição comemorativa de aniversário. Portanto, leitor, prepare um mate amargo e deixe-se invadir pelas andanças e memórias do imortal furriel Blau Nunes.

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O caderno especial trará as 19 histórias que compuseram a primeira edição de Contos gauchescos, publicada em 1912. Do total, 12 já haviam sido publicadas pelo Diário Popular entre 1911 e 1912. Portanto, a iniciativa também tem a intenção de reassumir a literatura simoneana no Diário Popular e resgatar a história dos contos. “O projeto tem a intenção de fazer as pazes com a obra de João Simões Lopes Neto, já que o Jornal foi o primeiro veículo a publicar esse material”, explica o idealizador do projeto e coordenador de Redação do Diário Popular, Pablo Rodrigues. O escritor Aldyr Garcia Schlee e o Instituto João Simões Lopes Neto (IJSLN) foram parceiros importantes para que a ideia se tornasse realidade.

A segunda missão da iniciativa é construir uma ferramenta que faça parte das bibliotecas das escolas, seja utilizada como material de sala de aula, estimule o hábito da leitura e acima de tudo contribua com a formação do cidadão crítico. O encarte estará disponível para assinantes e também poderá ser adquirido nas bancas de jornais. Os que preferem as versões de internet, poderão fazer download sem custos ou acessá-lo on-line no site do jornal.

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A obra Lendas do Sul (1913) não integra o projeto pois na época não foi publicada pelo jornal e somente em 1926 seria incorporada às edições de Contos gauchescos.

Artifícios a favor da literatura
Foi preciso definir a dose exata entre contemporaneidade e tradição para que a mistura ficasse no ponto e desse vida às histórias da chinoca Tudinha, do proseador João Cardoso, dentre tantas outras figuras. Para isso a equipe de arte responsável pela identidade visual do projeto imergiu em livros e referências históricas que lhes fornecessem subsídios para a execução do trabalho. “Tivemos uma preocupação especial com as ilustrações. Fizemos pesquisas para saber quais roupas eram utilizadas naquele momento histórico e procuramos ser fiéis”, explica o diretor de Arte, Bruno Campelo. As ilustrações também contaram com o trabalho dos designers Pablo Conde e Tadeo Perez e o projeto gráfico é assinado por Mariana Weber.

O próximo passo será organizar uma exposição itinerante com as ilustrações. O trabalho deverá visitar as escolas públicas e privadas de Pelotas.

Por: Osiris Reis
osiris@diariopopular.com.br
Fonte: diariopopular.com.br