Exposição do Grupo Olhos de Lata


Foto: Divulgação DP
Foto: Divulgação DP

Está aberta até quinta-feira (28/06/2012) no Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (Malg) a exposição do grupo Olhos de Lata, contendo fotografias realizadas com câmeras artesanais. A entrada é franca, de terça a quinta, das 10h às 19h. Rua General Osório, 725.

Um buraco do tamanho de alfinete em uma lata é o suficiente para exercitar inúmeras possibilidades fotográficas. A técnica artesanal conhecida como pinhole utiliza esse simples equipamento e serviu de estímulo para três acadêmicas do curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) a formar o grupo Olhos de Lata, que desenvolve ações educativas, como palestras, cursos, oficinas e discussões, através da fotografia.

Integram a mostra cerca de 40 obras, produções realizadas por 12 participantes das oficinas e, também, material de Juliana Charnaud, Graziele Gomes e Luísa Planella, as criadoras do grupo. Na galeria do Malg, além das fotos, o público poderá observar câmeras artesanais utilizadas para pinhole, cuja idealização é originária de objetos retirados do lixo, como caixas de papelão e latas de mantimentos. Ainda em destaque, uma coleção de câmeras analógicas e uma grande câmara obscura montada especialmente para a exposição.

Desdobramentos de imagens
A ideia de formar um grupo surgiu das conversas entre as três amigas e atuais organizadoras do projeto. Cada uma trabalha com uma diferente temática dentro da fotografia: Juliana utiliza partes do corpo humano como suporte para construir suas obras, trabalhando a foto como arte contemporânea e não apenas como um registro, Graziele prefere se autofotografar e multiplicar diversas vezes as imagens em baixa velocidade e Luísa procura empregar o real e desviá-lo para o surrealismo, abusando de gigantismo e sobreposições. Apesar de utilizarem técnicas parecidas, o resultado para cada processo é diferente.

É essa bagagem que buscam oferecer aos alunos durante as oficinas e os cursos. O grupo é presença frequente nas edições do Piquenique Cultural com seu laboratório móvel.

Por: Max Cirne
Fonte: diariopopular.com.br