Clima de feriadão em Pelotas. Sombria, a Princesa mergulha no passado histórico. Acaso apuremos bem os ouvidos, através deles irromperão os ruídos da invasão à cidade pelas tropas farrapas, tomando de assalto o quartel dos legalistas, prédio localizado à Praça Coronel Pedro Osório, antiga Casa da Banha.
Corria o ano de 1836. O casarão fora transformado num quartel, sob o comando do major Manuel Marques de Souza – o futuro Conde de Porto Alegre. Ao amanhecer cerca de 800 revolucionários entraram em Pelotas, dirigindo-se à Praça, onde os imperiais os aguardavam temerosos.
À frente da tropa João Manoel de Lima e Silva, sobrinho de Luis Alves de Lima e Silva, futuro Duque de Caxias. A entrada dos farrapos levou terror à população, a qual, temendo o pior, escondeu-se em galpões, armazéns e, também, na zona rural. Por detrás das janelas entreabertas olhares medrosos observavam a passagem da tropa, cujo tilintar dos cascos dos cavalos arrepiava inclusive a alma dos pelotenses.
O comércio, há muito prejudicado pela longa Revolução, que durou 10 longos anos (1835-1845) estava com as portas cerradas. Não se via viva alma nas ruas. Apenas os cães se revoltaram contra a invasão, ladrando desesperados.
Tão logo chegou ao casarão, João Manoel ordenou ao tenente-coronel Camillo dos Santos Campello que montasse acampamento, e que dali não arredasse pé até que os legalistas se rendessem.
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Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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