Festival Internacional de Cinema da Fronteira anuncia programação


Cuadros en la Oscuridad #01 - crédito Cuevas de Altamira Producciones
Com entrada franca, evento acontece em Santana do Livramento, Rivera e Bagé de 27 de novembro a 2 de dezembro.
 
Festival Internacional de Cinema da Fronteira completa sua primeira década de existência, sempre voltado à democratização da cultura e ao acesso gratuito ao mundo audiovisual. Este ano, cinco longas-metragens integram a mostra competitiva de produções latinas e seis passam fora de competição, vários deles inéditos. A mostra internacional de curtas é composta por 35 filmes de mais de 20 países, com destaque para obras cinematográficas em língua espanhola. Ao todo, mais de quatro mil títulos foram inscritos nesta edição. Outras atrações incluem mostras de filmes locais e universitários e apresentações de músicos regionais. O show de encerramento fica a cargo da cantora Adriana Deffenti. O evento começa nos dias 27 (ter) e 28 de novembro (qua) em Santana do Livramento e Rivera, e continua de 29 de novembro (qui) a 2 dezembro (dom) em Bagé. A realização é da Associação Pró Santa Thereza e Centro Histórico Vila de Santa Thereza, com financiamento do Ministério da CulturaFundo Setorial do Audiovisual e BRDE, promoção das prefeituras de Bagé e Livramento Rivera e apoio institucional da UrcampUnipampa e Udelar. A produção fica a cargo da Anti Filmes. O festival tem direção artística do cineasta Zeca Brito e curadoria do jornalista Roger Lerina (longas) e dos cineastas Frederico Ruas e Maria Elisa Dantas (curtas). Maiores informações no site fb.com/festivaldafronteira.
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Entre as ficções que competem este ano está a coprodução internacional “Cuadros en la Oscuridad”, da realizadora argentina Paula Markovitch, que estreia no Brasil dentro do Festival da Fronteira. Drama com tons políticos, a trama acompanha um artista plástico veterano que nunca expôs seus trabalhos. Tudo muda quando ele recebe um hóspede incomum. O aclamado “El Premio”, primeiro longa da diretora, será exibido fora de competição. Também com viés politizado, “Rasga Coração”, de Jorge Furtado mostra o choque de gerações em dois tempos da vida de um militante contra a ditadura. Selecionado para o Festival de Cinema de Toulouse (França), o drama “Meio Irmão”, longa da diretora Eliane Coster, mostra a busca de uma jovem por sua mãe desaparecida. Do gênero documentário, integram “Humberto Mauro”, de André di Mauro, filme sobre o pioneiro cineasta mineiro, que teve sua premiere no Festival de Veneza. O diretor é sobrinho-neto do personagem título. Inédito no Brasil, o português “O Labirinto da Saudade”, de Miguel Gonçalves Mendes, é uma adaptação de livro homônimo do pensador lusitano Eduardo Lourenço e propõe um mergulho no universo do escritor.
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“A curadoria buscou dar representação aos interesses centrais que vêm caracterizando o festival nesta década de trajetória”, explica o curador Roger Lerina. “Entre eles estão o destaque para a nova geração de realizadores brasileiros preocupados em fazer um cinema mais autoral, o reconhecimento ao trabalho de mestres cuja obra contribuiu para avançar a linguagem dos filmes e das artes em geral e a missão de proporcionar ao público filmes inéditos de qualidade”, enumera. Fora de competição, está o documentário “A Destruição de Bernardet”, de Claudia Priscilla e Pedro Marques, sobre cineasta e crítico belga radicado no Brasil, Jean-Claude Bernardet, patrono do Festival da Fronteira. Falecido em setembro, o ator gaúcho Leonardo Machado (1976-2018) será lembrado com a exibição de um de seus últimos trabalhos, “A Cabeça de Gumercindo Saraiva”, de Tabajara RuasNo documentário “Eduardo Galeano Vagamundo”, de Felipe Nepomuceno, amigos compartilham lembranças do escritor e jornalista uruguaio Eduardo Hughes Galeano (1940-2015). Outro filme convidado é o drama intimista “Rebento”, primeiro longa de André Morais, filmado no Sertão da Paraíba e protagonizado por Zezita MatosA homenageada desta edição é a artista plástica porto-alegrense Zoravia Bettiol, protagonista de “Zoravia”, de Henrique de Freitas Lima. O filme terá sua premiere na sessão de encerramento do festival.
 
Longas em Competição
“Cuadros en la Oscuridad” (2017) (Argentina/Mexico/Alemanha), de Paula Markovitch;
“Humberto Mauro” (2018) (Brasil), de André di Mauro;
“O Labirinto da Saudade” (2018) (Portugal), de Miguel Gonçalves Mendes;
“Meio Irmão” (2018) (Brasil), de Eliane Coster;
“Rasga Coração” (2018) (Brasil), de Jorge Furtado.
Longas Convidados
“A Destruição de Bernardet” (2016) (Brasil), de Claudia Priscilla e Pedro Marques;
“El Premio” (2011) (México/França/Polônia/Alemanha), de Paula Markovitch;
“A Cabeça de Gumercindo Saraiva” (2018) (Brasil), de Tabajara Ruas;
“Rebento” (2018) (Brasil), de André Morais;
“Zoravia” (2018) (Brasil), de Henrique de Freitas Lima;
“Eduardo Galeano Vagamundo” (2018) (Brasil), de Felipe Nepomucemo.
 
Mostra Competitiva Internacional de Curtas-Metragens
“Aunque Sea Lo Último” (“Ainda que Seja o Último”) (2017) (Espanha), de Jose Luis Mora;
“Boca de Fogo” (Brasil) (2017), de Luciano Pérez Fernández;
“Cinéma à Papa” (“Cinema no Papa”) (2018) (Líbano), de Sara Jamal;
“Colour Cage” (“Gaiola Colorida”) (2017) (Equador), de Daniel Reascos;
“Um Corpo Feminino” (2018) (Brasil), de Thais Fernandes;
“Dentro la Casa” (“Dentro da Casa”) (2018) (Itália), de Francesca Lolli;
“La Diosa” (“A Deusa”), (2018) (Argentina), de Lisandro Schurjin;
“Las Dos Mitades” (“As Duas Metades”) (2016) (Argentina), de Gwenn Joyaux;
“Drahtseilakt” (“Bamba”) (2018) (Alemanha), de Esra LaskeMarkus OttBianca Scali;
“Ertrinken” (“Afogamento”) (2018) (Alemanha), de Pedro Harres;
“Eternity” (“Eternidade”) (2018) (República Tcheca), de Yea-Eun Jang;
“El Homicida” (“O Homicida”) (2017) (Cuba), de Maysel Bello Cruz;
“How It Feels to be Hungover” (“Como se Sente na Ressaca”) (2018) (Suécia), de Viktor Hertz;
“Identity Parade” (“Desfile de Identidade”) (2017) (Espanha), de Gerard Freixes Ribera;
“Iku Manieva” (2017) (México), de Isaac Ruiz Gastélum;
“Inatingível” (2018), (Brasil), de Rodolfo de Castilhos;
“Inconfissões” (2018) (Brasil) de Ana Galizia;
“Khadija” (2018) (Síria), de Beshr Idlbi;
“Life Water” (“Água da Vida”) (2018) (Etiópia), de Getachew Yezengaw;
“Me_oria” (2017) (México), de Camila Ausente;
“Le Mot” (“A Palavra”) (2018) (Coréia do Sul), de Mi-Young Baek;
“Mulher Ltda” (2018) (Brasil), de Taíse Ennes;
“The Neverending Wall” (“A Parede sem Fim”) (2018) (Espanha), de Silvia Carpizo de Diego;
“No Amor” (2018) (Brasil), de Juan Quintáns;
“Palabras de Caramelo” (“Palavras de Caramelo”) (2016) (Espanha), de Juan Antonio Moreno;
“Pliashka” (2017) (Ucrânia), de Yegor Bondarenko;
“Raquel” (2018) (Paraguai), de Tania Cattebeke;
“Rebú” (2018) (República Dominicana), de Daniel D’Meza;
“Senses of Time” (“Sentidos do Tempo”) (China) (2018), de Wenhua Shi;
“Sleepless” (“Insone”) (2018) (Irã), de Soudabeh Kamrani;
“A Sombra” (2018) (Brasil), de Felipe Iesbick;
“A Sombra Interior” (2018) (Brasil), de Diego Tafarel;
“Storm” (“Tempestade”) (2018) (Índia), de Aditya Dawar;
“Vocatio” (2017) (Peru), de Juan Ramiro Torres Tapia;
“Waves” (“Ondas”) (2017) (República Tcheca), de Vojtěch Domlátil.

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