Polêmica. Essa é a palavra que descreve a situação da última semana sobre o cartaz lançado pela Fox, em uma campanha publicitária para promover X-men: Apocalypse. Para os que andaram em outra dimensão e não tiveram a oportunidade de ver o acontecido, cabe dar uma rápida explicação: no referido cartaz, temos a imagem do mutante malvadão En Sabah Nur, ou Apocalypse pra galera que não conheceu ele na infância egípcia, enforcando Mística, a aparente protagonista do terceiro filme da série. A atriz Rose McGowan foi uma das pessoas que chamou a atenção sobre o caráter violento da imagem, principalmente no que tange ao caráter feminino. Com isso, a Fox fez um trabalho rápido para retirar todas as peças de publicidade contendo a referida imagem dos outdoors e semelhantes, pedindo desculpas pelo ocorrido e afirmando que é totalmente contra a violência contra mulher. E agora? Exagero puro ou discussão necessária?
E eu digo: os dois. Por parte pode ter sido um exagero sim, pois, não estamos falando em um caráter objetivamente instigador e que promove uma real apologia à violência contra a mulher. Às vezes uma publicidade é só isso: uma publicidade. Rose também falou que o caráter da violência está contido na descontextualização do item publicitário, que não dá mais informações, tornando simplesmente a alegoria de uma figura masculina subjugando uma figura feminina, completando com a indagação “e por que não poderia ser outro personagem, ao invés da Mística?”. Bem, realmente, é complicado falar dessa hipótese, mas o que me impressionou foi o argumento mais utilizado pelas pessoas que, sabe-se lá por qual motivo, ficaram tão incomodadas ao ponto de terem que obrigatoriamente defender a publicidade, dizendo a) “mas ele é um vilão! É isso que ele faz!” ou b) “nossa, como esse mundo anda politicamente correto demais, que chato”. Pessoal, parem e pensem só um pouquinho.
Confira o texto completo em lanternanerd, por Carlos F. dos Santos.
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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