Intitulada Magna Sperb / Pele e Sombra, a mostra apresenta 15 esculturas em aço carbono oxidado. A abertura acontece no dia 5 de fevereiro, às 18h30. Com curadoria de André Venzon, a mostra tem entrada franca.
No dia 5 de fevereiro, às 18h30, a artista Magna Sperb inaugura a exposição Magna Sperb / Pele e Sombra, no MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul.
Com curadoria de André Venzon, a mostra – que fica em cartaz até o dia 12 de maio – apresenta 15 esculturas em aço carbono oxidado, produzidas entre 2016 e 2018. As peças inspiradas em elementos orgânicos e artesanais – como tramas, redes, telas, panos, cipós, galhos, cascas, raízes, teias e ninhos – são tapeçarias metálicas finas e delicadas que, colocadas sob a luz, projetam sombras em formas de desenhos, sugerindo movimento e leveza.
Para o curador André Venzon, mais que o reconhecimento da trajetória artística de Magna Sperb – que trabalha no campo do desenho, da pintura, da fotografia e da escultura -, a exposição propõe a expansão de sua obra. Conhecida no meio da arte e também da arquitetura – Magna prestou assessoria em cor para projetos arquitetônicos durante quinze anos – a artista retoma a poética da transformação, que caracterizou etapas anteriores da sua pesquisa artística no campo da representação.
“Da pintura na tela, para os recortes em MDF, depois para as revistas e destas para o outdoor, agora são as placas de aço que traçam e expressam todos estes caminhos, processos e trânsitos que entranham a sua criação artística que continua a se metamorfosear e nos surpreender”, afirma Venzon em seu texto curatorial.
Os estudos de tramas, cuidadosamente colecionados pela artista, são o ponto de partida para a criação das esculturas de Pele e Sombra. Magna redesenha essas tramas e as tece digitalmente, trabalhando em seguida o aço carbono com corte a laser. As peças são dobradas e amassadas à mão e expostas às intempéries do tempo, para adquirir textura.
“Minhas esculturas são intencionalmente incorporadas à própria sombra: delicadas, leves, quase um desenho no ar, mas agressivas, com pontas que riscam o espaço. Valorizar tanto a sombra como a forma é aceitar e compreender que cada coisa é muito mais do que se vê e se percebe”, afirma Magna Sperb.
“É na subtração, no recorte e na ausência que sua obra se materializa”, explica o curador. “Portanto, tudo tem uma estrutura profunda, até a sombra que provem da arquitetura da luz. Enquanto a natureza e o humano teimam em cobrir e fechar, a artista prossegue a vazar sua pele de aço”, completa.
Sobre a artista
Magna Sperb nasceu, vive e trabalha em Novo Hamburgo/RS. Possui Pós-Graduação em Poéticas Visuais e Processos Híbridos, Pós-Graduação em Artes Visuais, Especialização em Cor e é formada em Licenciatura em Desenho e Plástica pela Feevale. Desenvolve sua pesquisa em desenho, pintura, fotografia e escultura. Foi professora de História da Arte e Educação Artística na rede de ensino pública e privada. Durante quinze anos prestou assessoria em cor para projetos de arquitetura. É uma das idealizadoras do Mesa de Arte na Praça, um projeto de ocupação artística contemporânea para formação de público. Desde 2007 participa de exposições coletivas no Brasil e exterior. Dentre as individuais destacam-se: Recortes (IAB/RS – Porto Alegre, 2014), Metamorfose (MAC/RS – Porto Alegre, 2011) e (Des)Encontros (Usina do Gasômetro – Porto Alegre, 2009). Suas obras fazem parte dos acervos do MARGS, do MAC e do IAB/RS.
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www.instagram.com/magnasperbart/
Sobre o curador
André Venzon é artista visual, curador e gestor cultural, Mestrando em Poéticas Visuais e Bacharel em Desenho pelo Instituto de Artes Visuais, ambos pela UFRGS; Especialista em Gestão e Políticas Culturais pela Universidade de Girona/Espanha. Foi presidente da Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa (2006-2010), conselheiro de cultura e vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul, além de membro do Colegiado Nacional de Artes Visuais. Realizou curadorias no MARGS, MAC-RS e Santander Cultural, com destaque para o projeto RS Contemporâneo Pensamentos Culturais, na exposição “Nem eu, Nem tu: Nós – a obra de Karin Lambrecht e o olhar do colecionador”. Dirigiu o Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC-RS), de 2011 a 2014, período em que a instituição foi reconhecida com o Prêmio Açorianos na categoria Destaque Institucional. Desde 2018 coordena a programação da Galeria ECARTA. Atualmente é diretor do MAC-RS e do Instituto Estadual de Artes Visuais do Rio Grande do Sul.
Exposição Magna Sperb / Pele e Sombra
Curadoria: André Venzon
Local: Sala Iberê Camargo, 2°andar
MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul
Praça da Alfândega – Centro Histórico – Porto Alegre- RS
Abertura: dia 5 de fevereiro de 2019, às 18h30
Visitação: de 6 de fevereiro a 12 de maio de 2019
Horário: de terça a domingo, das 10h às 19h
Entrada Franca
Fonte: Adriana Martorano
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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