Mostra “Cristais” pode ser apreciada até o final deste mês


A comunidade pelotense ganhou um prazo maior para apreciar a mostra “Cristais”, que permanece em exposição na Sala Frederico Trebbi (hall do Paço Municipal) até o próximo dia 30. Os trabalhos expostos são de autoria da artista plástica Tânia Bellora e podem ser visitados de segunda à sexta-feira, entre as 8h e 14h.

“Cristais” caracteriza-se por ser uma incursão ao mundo da fotografia e da luz, onde a artista explora pequenos fragmentos de vidro e lascas de objetos emprestando um novo olhar sobre estes objetos por meio da incidência da luz.

Tânia Bellora é formada em Direito, tendo exercido a profissão de advogada e juíza de paz entre 1973 e 1983. Iniciou o curso de Arquitetura em 1998, passando a atuar na área da construção civil desde 2000. As experiências artísticas como fotógrafa iniciaram em 2008, e desde então vem participando de mostras coletivas e individuais.

A artista quis testar os limites da imagem e explorar a linha tênue que divide o retrato real, do impressionista. E, por querer, conseguiu. Artista curiosa, Tânia comprou uma câmera e começou a descobrir um mundo de possibilidades. A também advogada conta que bastou um olhar para o céu e o vislumbre da lua cheia para dar início à captação de imagens. Foi aí que pegou a câmera e começou a desenhar caminhos pelo céu, numa viagem imaginária, de formas diversas, que foi dando vida a este trabalho.

Fotografando tudo o que via pela frente – e que, é claro, lhe despertava algum sentimento –, ela reuniu largo acervo de fotos.
A proposta da exposição fotográfica ‘Cristais’ surgiu a partir da ideia de fazer alquimia com a luz. A exposição é também um convite ao público para que olhe a imagem e explore suas potencialidades narrativas, eliminando as fronteiras entre as diferentes formas de expressão, produção e circulação no mundo contemporâneo. Desta forma, Tânia Bellora transformou pequenos cacos de vidro e lascas de objetos em instigantes fotografias. Para ela, a visão dos cristais sempre despertou uma ligação com o belo. Para dar ao espectador a dimensão da subjetividade da obra, os objetos fotografados estarão expostos em pequenas caixas de vidro, possibilitando ao público a criação de novas imagens, a cada olhar. O material que poderia ser visto como sucata é hoje o objeto de desejo da autora.

Fonte: pelotas.com.br
Redator: Sandra Lima
Foto: Janine Tomberg