Pelotas: 8ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul


A Secretaria Municipal de Cultura e a Pró-reitoria de Extensão e Cultura da UFPel apresentam o programa “Democratizando” da 8ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul dias 20, 21 e 22 de dezembro no Museu do Doce da UFPel (Casarão 08) com sessões às 17h (para deficientes auditivos) e 19h. Até sexta-feira, 20 de dezembro, deficientes visuais poderão agendar sessões com audiodescrição pelo telefone 3225-8255 (Ramal 205)

A 8ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, realizada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com o Ministério da Cultura, vai exibir 38 filmes por todo o território nacional, entre os dias 26 de novembro e 22 de dezembro de 2013. Os filmes dividem-se nas categorias: Mostra Competitiva de longas, médias e curtas, em que as plateias elegem os melhores filmes através de uma votação, Mostra Homenagem – Vladimir Carvalho e Mostra Cinema Indígena.

São filmes em formato digital que circulam, alternadamente, pelas 27 capitais brasileiras e interior do País, alcançando mais de 600 pontos extras de exibição através de cineclubes, pontos de cultura, institutos federais de educação profissional, científica e tecnológica, universidades, museus, bibliotecas, sindicatos, associações de bairros, telecentros, entre outros.

Iniciada em dezembro de 2006, em alusão ao aniversário da Declaração dos Direitos Humanos, a 8ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul é uma produção da Universidade Federal Fluminense (UFF), através do Departamento de Cinema e Vídeo, com apoio da OEI, UNIC-RIO, CTAv, EBC e patrocínio da Petrobras e BNDES.

20 de dezembro
17h (sessão exibida com closed caption)
19h

Caixa d’água: Qui-lombo é esse?
Direção: Everlane Moraes
Brasil, 2012, 15’, documentário, livre.
O documentário relata através de depoimentos deantigos moradores e de acervos fotográficos a importância no âmbito cultural e histórico do bairro Getúlio Vargas, localizado em Aracaju, capital de Sergipe. A ênfase é dada à cultura negra e à presença do negro escravo e seus descendentes, com o resgate de assuntos relacionados à sua origem, oralidade, localização geográfica e consciência de sua identidade racial. Mostrando que, apesar dessa comunidade existir em uma área urbana, ainda mantém muitos aspectos da vida em quilombo dos antigos negros escravos do Brasil.

Doméstica
Direção: Gabriel Mascaro
Brasil, 2012, 75’, documentário, livre.
Sete adolescentes assumem a missão de registrar por uma semana a sua empregada doméstica e entregar o material bruto para o diretor realizar um filme com essas imagens. Entre o choque da intimidade,as relações de poder e a performance do cotidiano,o filme lança um olhar contemporâneo sobre o trabalho doméstico no ambiente familiar e se transforma num potente ensaio sobre afeto e trabalho.

21 de dezembro
17h (sessão exibida com closed caption)
19h

Kátia
Direção: Carla Holanda
Brasil, 2012, 74′, documentário, livre.
O documentário conta a história da primeira transexual eleita para um cargo político no Brasil. Além de mostrar como José se transformou em Kátia Tapety, o filme apresenta a trajetória política da travesti piauiense que lidou com o preconceito do pai na infância, mas hoje é respeitada entre seus conterrâneos. Ela foi a vereadora mais votada de seumunicípio por três vezes consecutivas e chegou a vice-prefeitura da cidade de Colônia do Piaui, entre 2004 e 2008.

Dia 22 de dezembro
17h (sessão exibida com closed caption)
19h

Brasília segundo Feldman
Direção: Vladimir Carvalho.
Brasil, 1979, 21′, documentário, livre.
Material documental filmado pelo ‘designer’ americano Eugene Feldman, em visita a Brasília na época de sua construção: a precariedade da segurança dos trabalhadores em razão do ritmo acelerado das obras e depoimentos de pioneiros sobre as condições de vida dos candangos.

As hiper-mulheres
Direção: Takumã Kuikuro, Carlos Fausto, Leonardo Sette
Brasil, 2011, 80’, documentário, livre.
Temendo a morte da esposa idosa, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios, enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente. Premiado no festival de Gramado com os prêmios Especial do Júri e Melhor Montagem.

Com material gráfico distribuído gratuitamente, a 8ª MCDH na América do Sul garante também acessibilidade: toda a filmografia é exibida com closed caption (o sistema permite que legendas informem não apenas o que é dito, mas também todos os sons que fazem parte da cena) para pessoas com deficiência auditiva e haverá sessões com audiodescrição para pessoas com deficiência visual, onde o narrador descreve com o máximo de detalhes o que pode ser visto na cena e o que é indicado fora dela.

“Nossa proposta é utilizar a linguagem cinematográfica para estabelecer um diálogo direto com a população. A Mostra tem o importante papel de disseminar e fortalecer a educação e a cultura em Direitos Humanos, especialmente de forma a alcançar os setores historicamente excluídos ou com menos acesso a bens culturais, tratando do enfrentamento a todas as formas de violações de direitos”, assinala a ministra de Estado-Chefe de Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes.