O Ministério da Cultura e a Secretaria da Cultura do Estado apresentam: Povo que Ginga e Gira: Salvaguarda dos Ofícios de Mestre de Capoeira, de Babalorixá e Iyalorixá. Projeto realizado com recursos da Lei Complementar nº 195/2022. Edital SEDAC/LPG: Pesquisa, Registro e Memória.
Povo que Ginga e Gira
O Povo que Ginga e o Povo que Gira convida à comunidade de Pelotas a participar do projeto que vai promover o aquilombamento do povo da capoeira com o povo de terreiro! A principal ideia é salvaguardar os ofícios de Mestre de Capoeira e de Iyalorixá e Babalorixá! O projeto vai promover oficinas, encontros de trocas de saberes, ação de capacitação e muito mais. O projeto foi idealizado pelo Mestre Jarrão e foi contemplado com recursos da Lei Paulo Gustavo da SEDAC RS.
Sobre o Projeto:
O projeto “Povo que Ginga e Gira” tem como principais objetivos valorizar e salvaguardar agentes culturais que atuam a partir dos saberes e fazeres tradicionais da capoeira e do terreiro, promovendo o resgate cultural destas comunidades tradicionais por meio de práticas de aquilombamento. O projeto busca juntar o povo da capoeira (povo que ginga) e o povo do terreiro (povo que gira), visando preservar a cultura negra, a religião de matriz africana, a capoeira e a roda de capoeira, além de salvaguardar os ofícios de Mestre de Capoeira, de Babalorixá e de Iyalorixá.
O projeto foi concebido pelo Mestre Jarrão, diretor da Escola Povo que Ginga e escritor, e é desenvolvido de forma conjunta pela Iyalorixá Iyá Gisa de Oxalá da Comunidade Beneficente Tradicional de Terreiro de Caboclo Rompe Mato Ilê Axé Xangô e Oxaláe; pela Iyalorixá Cristiana d’Oyá do Terreiro Ilê Axé de Oyá e Terreiros de Preta Velha Maria Redonda; e pelo Babalorixá Wellington Matos Castanheira (Pai Baiano) do Terreiro Caoju – Centro Africano de Pai Oxalá e Mãe Jurema Seguidores de Iya Neci. Além destes, participam do projeto o Mestre Preto e o Mestre Churrasco.
Através de ações abertas e gratuitas à comunidade, o projeto objetiva criar espaços e momentos de compartilhamento entre os agentes culturais, os quais irão transmitir seus saberes e práticas, trabalhando de forma coletiva e parceira. A proposta do projeto é também possibilitar ações de continuidade e preservação do legado ancestral. Este edital tem como objetivo selecionar aprendizes que irão atuar como professores de capoeira, Griôs-aprendizes de Iyalorixá ou Babalorixá, além de colaborar em todas as ações do projeto.
Seleção de aprendizes de Griô:
Estão abertas as inscrições para o edital de seleção de agentes culturais aprendizes de Griô de Capoeira e de Baba/Iyalorixá. Participe e faça parte desse movimento cultural! As inscrições estão abertas de 04 a 18 de agosto.
Serão selecionados seis (06) agentes, sendo três (03) vagas para cada categoria, além de três (03) vagas para cadastro reserva. Serão reservadas pelo menos duas (02) vagas para pessoas negras e pelo menos duas (02) vagas para pessoas com deficiência (PcD).
Inscrições para seleção de Aprendizes de Griô do Projeto Povo que Ginga e Gira
Período de inscrições: 04 a 18 de agosto
Formulário de inscrição: forms.gle
Edital no link: drive.google.com
Mais informações: @gingaegira
Equipe:
Conheça a equipe do projeto “Povo que Ginga e Gira”! Mestres e mestras da cultura popular comprometidos/as com a valorização do conhecimento afro-brasileiro. Junte-se a nós nessa jornada!
Mestre Jarrão – idealizador do projeto
Mestre de Capoeira, é professor, escritor e mestre da cultura popular. Tem uma trajetória focada em inclusão e cidadania, atuando em comunidades periféricas de Pelotas, nos Quilombos e nos Bairros. Desenvolveu projetos como “Capoeira no Quilombo”, “Capoeira no Bairro”, e “Vem Ler Mais Eu”. Foi professor na University of Essex durante sua estadia em Londres. Seu livro “O Ser Capoeirista” foi traduzido para o inglês e francês. Em 2023 lançou seu segundo livro, “O Encontro de Si na Capoeira”. Recebeu o Prêmio MINC Sérgio Mamberti de mestre da cultura popular em 2024.
Iyá Gisa de Oxalá
É ativista social reconhecida na cidade de Pelotas, tendo recebido o certificado UFPel do pró-reitor de extensão e cultura, pela cosmovisão Africana. Realizou diversos eventos, destaca-se por ser proponente dos Seminários de Consciência Negra em Pelotas e do Seminário da Ancestralidade da Mulher Negra- violência, violação de direitos e emancipação (Ministério dos Direitos Humanos). É Iyalorixá do CBTT – Comunidade Beneficente Tradicional de Terreiro de Caboclo Rompe Mato Ilê Axé Xangô e Oxalá – BABALORIXÁ Iyá gisa de oxalá. A CBTT foi fundada em 13 de maio de 1984. Desde sua criação além da prática religiosa, umbanda, realizava exaustivamente atividades de cunho assistencial e de orientação familiar no que se refere à valorização e autoconhecimento. Em 1993 deu-se início à segunda geração da casa representada por Iyá Gisa de Oxalá.
Cristiana d’Oyá
É ativista social, benzedeira e Iyalorixá do Terreiro Ilê Axé de Oyá e Terreiros de Preta Velha Maria Redonda. O terreiro foi fundado por ela em 13 de maio de 2014, dia de Preto Velho. Cristiana é líder comunitária, atuante no Bairro Navegantes. No terreiro ela atende a comunidade com atividades espirituais e culturais (oficinas de culinária, uso de ervas medicinais, danças afro), promovendo a afro-religiosidade e servindo como um importante centro do Bairro há 9 anos.
Pai Baiano
Educador social, ativista. É Babalorixá do Terreiro Caoju – Centro Africano de Pai Oxalá e Mãe Jurema Seguidores de Iyá Neci. O terreiro atende a comunidade periférica do Bairro Bom Jesus, organizando eventos religiosos e culturais e de assistência comunitária. Fundado em 1°/07/1949 – Nação de Cabinda, Umbanda e Quibanda. Atende a comunidade com atividades espirituais e culturais educacionais através do grupo AFROPEL que é um projeto que temos dentro do Ilê.
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Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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