Dando continuidade ao projeto “Recorda Pelotas: Um retorno ao passado”, na próxima sexta-feira (03), às 15h, a griô Sirley da Silva Amaro, uma apaixonada pelo Carnaval, irá contar histórias da tradicional festa popular em Pelotas. O Recorda Pelotas produz, em uma roda de conversa, a troca de experiências vividas na cidade nas décadas passadas. A atividade será realizada no Quiosque Nelson Nobre Magalhães numa parceria do local com o Laboratório de Eventos, o Laboratório de Acervo Digital e o Centro de Extensão em Atenção à Terceira Idade da Universidade Católica de Pelotas (CETRES/UCPel).
Desde criança, Sirley tinha como referência a artista portuguesa Carmem Miranda. As roupas de baiana estilizadas e os grandes adereços usados pela cantora faziam o gosto da griô. Sua primeira participação em Carnaval foi aos nove anos, no bloco Girafa da Cerquinha. “Na minha época, o Carnaval era diferente, não tinha grandes produções e nem tanto dinheiro. Era tudo feito no amor”, lembrou Sirley. Segundo ela, antes da data festiva, muitas pessoas se comprometiam com a produção das roupas, adereços e carros alegóricos. “Era, sobretudo, uma produção feita pelo amor ao carnaval, pois ninguém recebia nenhum recurso para exercer tais tarefas”, disse.
Na opinião do aluno do curso de Tecnologia em Gestão de Turismo e ministrante do projeto, Raimundo Alexandre de Sousa Junior, a arte realizada pelo griô, um contador de histórias e verdadeiro educador popular, é um espetáculo que mexe com o lúdico e o emotivo. “O que cativa a atenção é o sorriso, a vivacidade e o entusiasmo de ‘Dona Sirley’. Com tais atributos, é quase impossível não ficar atento aos seus contos”, disse o acadêmico. “A troca estabelecida cria mais valorização e resgate da cultura pelotense”.
A coordenação do projeto Recorda Pelotas é do professor da graduação Daniel Botelho.
Fonte: ucpel.tche.br
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