Não podemos deixar de comentar está foto, que consideramos emblemática, espécie de efígie que traduz a real situação do Theatro Sete de Abril, cujas portas estão cerradas, jogado realmente às moscas. O “flagrante” é do editor do portal e-Cult, Deco Rodrigues, cujo clic, felicíssimo, aliás, revela o tamanho do “descaso” apontado na direção da tradicional casa de espetáculos de Pelotas.
Não existe nada de conclusivo acerca da previsão de entrega do projeto de restauração do Theatro pelo Executivo. O secretário de Cultura, Ulisses Nornberg, que ontem (22) reuniu-se com a nova diretoria do Conselho Municipal de Cultura de Pelotas (Concult), cuja presidente é Beatriz Araújo, disse em julho passado, que o atraso na entrega do projeto se devia a “complexidade da readequação da parte elétrica”. Parece ser complexo mesmo, pois o tempo se esvai e nada. E a paciência da comunidade pelotense, sobretudo a classe artística, igualmente se consome.
Um ano e cinco meses interditado, o “velho” Theatro vive, além de seu palco e bastidores, um “drama” cujo epílogo parece longe do fim. Aguardemos os próximos dias, provavelmente com um relatório da Concult acerca da real situação do Theatro Sete de Abril.
Não podemos acreditar num final trágico para essa história. O “canhão” do descaso não pode continuar apontado na direção do “vovô” Sete de Abril. Afinal, o bicentenário de Pelotas se avizinha, e seria muito triste fazer uma grande festa com o tradicional “Theatro” fechado. Seria uma sandice.
Texto: Manoel Magalhães
Publicado originalmente no cultiveler.com
Foto: Deco Rodrigues
Editor, gestor de conteúdo, fundador do ecult. Redator e pretenso escritor, autor do romance Três contra Todos. Produtor Cultural sempre que possível.
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