UFPel terá duas redes de pesquisa e tecnologia de ponta para enfrentamento de desafios estratégicos do RS

A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) teve dois projetos contemplados no edital Redes Inovadoras de Tecnologias Estratégicas do Rio Grande do Sul (RITEs/RS) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) vinculada à Secretaria Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT). A lista de projetos vencedores conta com 14 projetos que receberão o valor de até R$ 3 milhões cada, por um período inicial de quatro anos.

Ao todo, seis universidades do Rio Grande do Sul serão centros de excelência com atuação interdisciplinar, foco em inovação e potencial de aplicação no desenvolvimento social e econômico do estado. Outro objetivo das RITEs é a aproximação de jovens talentos da ciência com líderes científicos reconhecidos que serão responsáveis por coordenar as ações.

Na UFPel, o professor da Biotecnologia, Fabricio Conceição, é responsável pela Rede de Inovação em Vacinas Veterinárias do Rio Grande do Sul (REIVAVET-RS) e o professor da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Luis Avila, coordena a Rede Inovadora em Biologia Molecular e Inteligência Artificial (SmartRNAi) que aprovou o projeto Interferência por RNA e inteligência artificial: desenvolvimento de tecnologias inovadoras para proteção de plantas.

De acordo com Fabricio Conceição, a REIVAVET é uma rede gaúcha para desenvolvimento de vacinas veterinárias com foco em inovação, coordenada pela UFPel e que congrega pesquisadores da UFRGS, UFSM, UCS, UNIPAMPA, UFPR, UFAP, IFSul e startups de Biotecnologia da região Sul do RS com o objetivo inicial de desenvolver vacinas inéditas e aclamadas mundialmente contra a enterite necrótica das aves e rodococose equina, doenças que impactam a avicultura e equinocultura. “A região sul do estado tem vocação para o agronegócio e vem se destacando nas últimas três décadas como um importante pólo biotecnológico. O recurso oriundo do edital ajudará a transformar a expertise científica da Rede em produtos biotecnológicos inovadores, gerando desenvolvimento econômico e social sustentável”, salientou.

Segundo o professor Luis Avila, que coordena o projeto em conjunto com o professor Aldo Merotto Jr., da UFRGS, a rede SmartRNAi tem pesquisadores experientes e jovens de diversas áreas de conhecimento, de instituições brasileiras (EMBRAPA, IFRS, IFSUL, UFSM, UFRGS e UNESP), estrangeiras (Colorado State University, University of Arkansas, USDA-ARS, Ghent University, Rothamsted Research e University Hohenheim) e das empresas Accore e Skydrones S.A. O projeto tem o objetivo de desenvolver tecnologias que permitam a aplicação exógena de RNA como forma de controlar plantas daninhas e pragas e de desenvolver sistemas, usando inteligência artificial e visão de máquina (Drones e robôs agrícolas) para a detecção de plantas daninhas e insetos para aplicação seletiva nos alvos biológicos. “O financiamento da Fapergs através do Edital RITES permitirá o rápido avanço na produção de produtos inovadores para a agricultura contribuindo para o desenvolvimento científico, econômico e social do Rio Grande do Sul e do Brasil”, comemorou Avila.

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Flavio Demarco, destacou a capacidade da instituição em continuar captando recursos mesmo em um momento difícil em áreas que a UFPel já tem um desenvolvimento estratégico. “Tanto a área de agrárias, como a de Biotecnologia, já têm uma tradição de trabalhar com a inovação, isto destaca o perfil de excelência que temos nestas duas áreas”, afirmou.

De acordo com o superintendente de Inovação e Desenvolvimento Interinstitucional, Vinícius Campos, o edital é o de maior valor que a Fapergs já ofertou e visa agregar o que tem de mais forte em pesquisas no estado. “As RITEs unem várias universidades e centros de pesquisas, juntamente com empresas e startups com o objeto de fazer pesquisa e transferir para a sociedade. Aprovamos duas redes e nossos grupos de pesquisa estão participando de outras, isso mostra o potencial da nossa universidade”, comemorou.

Fonte: Coordenação de Comunicação Social
Universidade Federal de Pelotas