Uma rota dentro do Eixo Cultural por André da Silva


Pensamos e visamos uma vida futura de acordo com as experiências que vivemos ou daquilo que aprendemos dentro do ciclo que convivíamos diariamente na nossa infância, trazendo para os tempos de hoje tradições e modos de aprendizado ensinados pelos nossos antepassados, e também não tão passados assim. Muito se tem a aprender durante uma vida que se segue, e muito se tem a ensinar até aqueles que se dizem mais experientes porém, descobrimos que nem tudo é projeção e sim, realização daquilo que está ao nosso alcance no presente momento da vida que fazemos parte.

A cultura é um símbolo colocado na nossa vida afim de desenvolver uma dinâmica para que todos os homens que partilham dessa linguagem, promovam um bem estar ao povo que está ao seu redor. Porém, por muitas vezes, ela assim como outros símbolos que fazem parte da nossa realidade, não são tratados da forma que merecem ser objetivando assim uma desvalorização e quase o extermínio da mesma.

Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, ficou “famoso” por salientar a morte necessária do Deus supremo. “Deus está morto…e fomos nós que o matamos”. O homem interfere na realidade, assim como inventa a realidade e mais ainda, destrói com as mentiras.

A cultura então, está morta? Fazemos parte de uma rota necessária que luta por um bem e é nosso dever alimentar a força que corresponde aos tempos antigos. Uma força que não é sobrenatural, mas sim, totalmente dentro da nossa realidade e são nossas ações que determinam o andamento destas ou daquelas. Obviamente que não podemos ser extremistas e dar um fim a algo, pois ele sempre será renovado de tempos em tempos, mas digo que precisamos ir além de uma renovação necessária, e assim como juntos podemos destruir com as falsas verdades, podemos construir juntos os bens necessários ou melhor, renovar os bens necessários.

Com a mudança de tempo, avaliamos as coisas passados e nos preparamos para o que vem pela frente. Trazendo agora para o nosso campo, a nossa Pelotas, o nosso chão, 2013 começa de uma forma positiva dentro desta perspectiva abordada até aqui e temos tudo para que neste ano a cidade consiga crescer e que não só isso, mas sim que haja a valorização deste crescimento através não só das pessoas que lutam por isso, mas também daquelas que estão “longe para analisar e avaliar pois de uma forma ou outra, todos nós somos seres culturais, seres de linguagem e de perspectivas. Somos seres com rotas dentro do eixo cultural.

Por: André Rodrigues da Silva
Acadêmico de Filosofia da UCPel
Sotaque Coletivo / Lo-Bit